"Colonie", Red Cardell (França) - folk-rock

"Areias de Sal", Júlio Pereira (Portugal) - folk, acoustic, fusion

"La Caverne", Claire Pelletier (Canadá) - celtic music

"Bajjan", Youssou N'Dour (Senegal) - mbalax, afropop
A jornada continua com Youssou N'Dour e o tema “Bajjan”, retirado do álbum “Rokku Mi Rokka” (Apanhar e Levar), editado em 2007. Trabalho onde o mais famoso cantor senegalês se aproxima dos cantos religiosos sufi, das percussões dos griots e dos sons do norte do Senegal, num apelo à paz, tolerância e valorização do continente africano. No final dos anos 70, o autor, intérprete e músico, que aprendeu a cantar com a mãe, formava com o cantor El Hadj Faye os L'Etoile de Dakar, e em 1981 os Le Super Étoile de Dakar. Cruzando os ritmos sincopados do mbalax senegalês com a pop internacional, numa fusão que inclui o jazz, a soul e arranjos afro-cubanos, o “rouxinol de Dakar” depressa cativou o público ocidental sem no entanto abdicar das suas raízes, conquistando o estatuto de embaixador da música africana. Nos seus temas em wolof e inglês, Youssou N’Dour retrata o mundo da pobreza, da emigração ou os valores culturais africanos. Um dos mais conhecidos a nível global é “Seven Seconds”, gravado com Neneh Cherry. Através da música, Youssou N'Dour pretende quebrar o silêncio das crianças que sofrem e abraçar as causas humanitárias. Da fundação com o seu nome aos concertos em benefício da Amnistia Internacional, o embaixador da boa vontade para as Nações Unidas e para a UNICEF tem por isso mesmo colaborado com músicos como Peter Gabriel, Axelle Red, Sting, Alan Stivell, Bran Van 3000, Wyclef Jean, Paul Simon, Bruce Springsteen, Tracy Chapman, Branford Marsalis, Ryuichi Sakamoto ou o camaronês Manu Dibango.

"Ndongoy Daara", Orchestra Baobab (Senegal) - afropop, afrobeat, salsa
A Orchestra Baobab estreia-se no programa com "Ndongoy Daara", um protesto contra a corrupção escrito por Laye Mboup, músico cuja sonoridade inspirou os primeiros êxitos da banda. A música faz parte do disco “Specialist In All Styles”, gravado em Londres e lançado em 2002. Primeiro álbum da Orchestra Baobab depois de duas décadas de inactividade, produzido por Youssou N'Dour e Nick Gold, e onde são convidados Ibrahim Ferrer (dos Buena Vista Social Club) e Thio M'Baye. Recorde-se que o grupo se dissolveu em 1987, depois de o percussivo mbalax se ter tornado mais popular do que a sua melódica pop senegalesa. Neste trabalho, a Orchestra Baobab, que a 24 de Julho vai estar no Festival de Músicas do Mundo de Sines, recupera o espírito de fusão que a celebrizou. Surgidos em Dakar em 1970 na inauguração do Baobab Club, a banda, cujo nome se refere à majestosa árvore da savana, foi formada em grande parte por veteranos da Star Band. Balla Sidibe, Rudy Gomis, Ndiouga Dieng, Assane Mboup, Medoune Diallo, Barthélemy Attisso, Issa Cissoko, Thierno Koite, Latfi Ben Geloune, Charlie N'Diaye e Mountaga Koite misturam sons tradicionais da África Ocidental com a música cubana e caribenha (son, pachanga, salsa ou bolero) e com a pop ocidental. As melodias crioulas portuguesas, do Togo e Marrocos, a rumba congolesa ou o high life ganês são então adaptados às influências wolof da cultura griot do norte do Senegal, às harmonias mandinga da região de Casamance e às percussões do sul do país.

"Domschottis", Garmarna (Suécia) - folk-rock
Os suecos Garmarna regressam ao programa com “Domschottis”, tema extraído do álbum “Vittrad” ("Withered", em inglês), lançado em 1994. A banda surgiu quatro anos antes, depois de três jovens suecos de Sundsvall - Gotte Ringqvist, Stefan Brisland-Ferner e Rickard Westman – terem ficado impressionados com a componente musical de uma representação do clássico ”Hamlet“, de Shakespeare. Inspirados pela velha música sueca, estes começaram então a procurar antigas melodias e instrumentos. O grupo, a que hoje se junta Emma Härdelin, canta velhas lendas da música tradicional do seu país, falando de bruxas más, madrastas tenebrosas e de princesas indefesas. Convém explicar que na mitologia sueca os Garmarna eram os cães que guardavam a porta do inferno. Uma imagem metafórica que se transpõe facilmente para os cenários sonoros criados por este quinteto, que oscila entre as estéticas anglo-saxónicas e os ambientes da música tradicional sueca. No entanto, os Garmarna não fazem questão de perpetuar tradições. O que eles procuram é antes um som único, influenciado pelo rock, e que misture a instrumentação antiga - das harpas e violinos às sanfonas e guitarras - com sequenciadores, amostras de batidas e sons distorcidos.
"Höglorfen", Hendingarna (Suécia) - swedish folk, ethno-punk
Seguem-se os Hedningarna com “Höglorfen”, tema retirado do álbum “Hippjokk”, editado em 1997. Trabalho onde o ressurgido ensemble musical, agora já sem o canto yoik/juoiggus das finlandesas Sanna Kurki-Suonio e Anita Lehtola, tem por convidados o finlândes Wimme Saari, o norueguês Knut Reiersrud, bem como Johan Liljemak, Ola Bäckström e Ulf Ivarsson. Das incursões pelo mundo do rock à pop e ao techno, os Hedningarna (em sueco, “hedning” significa "pagão") misturam sonoridades contemporâneas com elementos da música tradicional nórdica. Temas que a banda, formada em 1987 e da qual hoje fazem parte Anders Skate Norudde, Hållbus Totte Mattsson, Christian Svensson e Magnus Stinnerbom, reinterpreta de forma livre e inventiva, juntando-lhe ainda percussões acústicas e electrónicas. Para isso, servem-se de antigos instrumentos de vários países do norte da Europa, e não só, como a moraharpa (versão medieval da nyckelharpa, harpa tradicional sueca, semelhante a um violino com teclas), a stråkharpa (lira nórdica de arco), o lagbordun, o hummel (cordofone sueco, da família da cítara e semelhante ao norueguês langeleik), a mandora (cordofone da família do alaúde), o oud (alaúde árabe), a sanfona, a guitarra barroca, a flauta transversal, o violino, a gaita sueca, o acordeão, o didgeridoo e o pandeiro.

"Höglorfen", Hendingarna (Suécia) - swedish folk, ethno-punk

"El Capitán", The Cuban Cowboys (EUA) - spanglish indie rock, son, montuno

Sem comentários:
Enviar um comentário