"Oriente Ocidental", Fadomorse (Portugal) - folk, world fusion

"Abaixo Esta Serra", Mandrágora (Portugal) - folk, jazz, rock

As músicas do mundo prosseguem com com os Mandrágora e o tema "Abaixo Esta Serra", extraído seu segundo álbum “Escarpa”, lançado no mês de Maio. Trabalho onde participam Simone Bottaso (acordeão diatónico), Matteo Dorigo (sanfona), Francisco Madeira (voz e guitarra) e Helena Silva (voz). Depois de explorarem as raízes da folk através das flautas e gaitas-de-foles, neste seu novo disco os Mandrágora (segundo a crença popular, a Mandrágora, uma planta afrodisíaca com uma raiz de odor forte e forma humana, grita quando é arrancada da terra) seguem um caminho mais urbano, adicionando-lhe amostras de jazz e rock. São músicas rápidas, recheadas de improviso e percussão, a que se juntam os arranjos de guitarra, baixo e saxofone, e instrumentos de arco como o violoncelo, a moraharpa e a sua predecessora nyckelharpa, ambas referências tradicionais da Suécia. As composições deste colectivo do Porto, formado em 1999 e de que hoje fazem parte Filipa Santos, Ricardo Lopes, Pedro Viana, Sérgio Calisto e João Serrador, evocam a tradição musical portuguesa, procurando influências noutras culturas e na música moderna. Em Julho, os Mandrágora vão estar na FNAC de Braga (dia 5) e em Lagos (dia 11). Ainda no mesmo mês, seguem-se os concertos no Ethnoambient Salona Festival, na Croácia (dia 17), e em Sines, no Festival de Músicas do Mundo, (dia 24), onde os Mandrágora irão surgir ao lado do violinista Jacky Molard, do clarinetista Guillaume Guern e da cantora luso-francesa Simone Alves, num cruzamento entre a música portuguesa e bretã.
"Chapeloise", Pé Na Terra (Portugal) - folk, folk-rock
Os Pé na Terra em estreia no programa com “Chapeloise”, tema retirado do álbum do mesmo nome do grupo, editado este ano. Um trabalho que conta com a colaboração dos portugueses António Fernandes, Dulce Moreira, Patrícia Miranda, Silvana Dias, Tânia Pires e Tiago Meireles, bem como das galegas Patrícia Cela (do grupo de folk galego-minhoto Xistra de Coruxo) e Maria Xosé López (do grupo de musica tradicional Muxicas). A banda, formada no Porto em 2005 por Cristina Castro, Ricardo Coelho e Tiago Soares, tem vindo a percorrer diversos palcos, bares e festivais não só em Portugal, mas também em Espanha. Este projecto de renovação da música tradicional começou por se basear em instrumentos portugueses - acordeão, concertina, viola braguesa, gaita-de-foles transmontana ou flauta -, abrindo no entanto as portas aos temas originais, complementados pela poesia e por danças tradicionais europeias como valsas e chapeloises. Dois anos depois, juntavam-se aos Pé na Terra Adérito Pinto e Hélio Ribeiro, trazendo na bagagem o baixo e a guitarra electro-acústica, parte de uma nova sonoridade onde entram a bateria e referências como o rock ou o metal. Como pano de fundo permanecem os sons mais tradicionais da gralha (aerofone tradicional da Catalunha), tarota (oboé catalão), melódica, sanfona ou tamboril galego. Em Junho, os Pé na Terra vão estar nas FNAC’s de Coimbra (dia 15) e Viseu (dia 22), com uma aparição pelo meio na Rua Cândido dos Reis, no Porto (dia 21). Já em Julho, seguem-se as actuações na Nespereira, em Lousada (dia 5), Guimarães (dia 11) e Famalicão (dia 12). Finalmente, em Agosto, o grupo ruma até ao Festival Andanças, em São Pedro do Sul (dias 4 e 7), Ourense, na Galiza (dia 9), Abrantes (dia 23) e Faro (dia 30).

"Kel Tamasheck", Etran Finatawa (Níger) - wodaabe and touareg music

"Ger Aadi", Fatma Zidan (Arábia Saudita) - ethno pop

"Yidu Tramvayem", Haydamaky (Ucrânia) - carpathian ska, ukranian dub machine, hutzul punk

"Hassan’s Mimuna", Balkan Beat Box (Israel) & Hassan Ben Jaffar (Marrocos) e Har-El Shachal (EUA) - gypsy-punk, contemporary folk


Os Balkan Beat Box trazem-nos “Hassan’s Mimuna”, tema extraído do seu álbum de estreia, baptizado com o nome do grupo e editado em 2005. Para além da participação nesta música de Hassan Ben Jaffar e de Har-El Shachal (radicados em Nova Iorque, Hassan Ben Jaffar tem vindo a actuar com vários ensembles de fusão gnawa, enquanto que o saxofonista e clarinetista Har-El Shachal liga Ocidente e Oriente), o trabalho conta ainda com as colaborações das Bulgarian Chicks (Valda Tomova e Kristin Espeland), dos israelitas Boom Pam, bem como de Victoria Hanna, Shushan e Tomer Yosef. Os Balkan Beat Box misturam de forma enérgica e ousada melodias folk do norte de África, Israel, Balcãs, Mediterrâneo, Europa de Leste e Médio Oriente com letras bizarras, hip-hop e batidas electrónicas. A fanfarra circense, que chega a ter 15 músicos – um terço deles oriundos da Europa – é formada pelos israelitas Tamir Muskat e Ori Kaplan, que têm trabalhado com músicos e compositores da Turquia, Israel, Palestina, Marrocos, Bulgária e Espanha. A filosofia dos Balkan Beat Box é a de acabar com as fronteiras políticas na música, fazendo folk de forma contemporânea. Tudo começou em Israel, onde assimilaram os standards folk, do klezmer às melodias búlgaras, passando pelos ritmos árabes. No final dos anos 80, Ori e Tamir partem para Nova Iorque, onde descobrem o gypsy-punk e acabam por misturar as suas raízes mediterrânicas com outras culturas.

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