O grupo, sempre bem disposto, após mais um concerto
(foto: Márcio Martins)
Ainda que pouco conhecidos junto do grande público, eles são um dos vários nomes nacionais a reter quando o que está em causa é a música étnica feita sem qualquer espécie de fronteira pré-definida. E mesmo que os próprios conterrâneos não lhes conheçam a estética sonora, o nome do grupo certamente que não lhes será estranho de todo.
“Pensámos no que é que será que une Alcains e Castelo Branco, o que é que têm em comum sem ser a A23 [ainda não existia, mas estava já em construção] e a N18: a ribeira da Líria. Acho que acabou por ser um nome feliz, e pegámos na sonoridade dos ventos, dada a música celta, e no nome da Líria, por causa da ribeira”, explica ao MULTIPISTAS - MÚSICAS DO MUNDO Rui Barata, acordeonista do grupo.
A aventura furtuita dos Ventos da Líria arrancou em 2001, acabando por dar lugar à formação de que hoje fazem também parte Susana Ribeiro, Gonçalo Rafael, António Preto e Mané Silva.
“Estava eu na Escola Secundária Nuno Álvares, houve um professor que me fez um desafio: pediu-me vinte minutos de música sem ser popular ou clássica”, recorda o músico. “Lembrei-me que no passado tinha tido um grupo que tinha dois temas de música clássica, e pensei que seria interessante. Então, fiz um telefonema ao Gonçalo e à Susana – na altura, o Gonçalo tocava teclas e piano e a Susana violino -, e lancei-lhes o desafio. Ensaiámos, aprendemos mais umas três ou quatro músicas, e fizemos essa apresentação de vinte minutos”, acrescenta Rui Barata. “Posteriormente mostrámos ao Gil, que passou a ser o quarto elemento do grupo, porque notámos que faltava ali um bocadinho de ritmo, então entrou ele na bateria. Com essa gravação, conseguimos arranjar mais dois concertos, e dada a receptividade do público, resolvemos continuar”.
A banda cruza as raízes da música tradicional com a folk irlandesa e com os sons da celtibéria. Ambientes sonoros inspirados em nomes de referência como Kepa Junkera e Luar na Lubre, ou em bandas lendárias como os Dubliners e os The Chieftains.
“O estilo ficou logo definido à partida: celta. Agora estamos a começar a entrar nos originais e a tocar algumas músicas a que já se pode chamar música do mundo, com uma fusão um pouco maior. Os novos instrumentos entraram para tentar tornar mais real o estilo de música. Por isso, eliminámos o piano e entraram a viola baixo, a guitarra e a bandola para cimentar o estilo”, refere o jovem acordeonista. “Há alguns meses que já tocamos em público algumas composições originais, que têm resultado muito bem, em que as pessoas nem se apercebem que é original porque está muito dentro da mesma onda”.
Uma onda musical onde entram também os tangos provocadores de Astor Piazolla e as melodias vulcânicas de Emir Kusturica. Ambiente festivo explosivo, capaz de contagiar todos aqueles que tenham uma paixão comum pelo ritmo.
A banda cruza as raízes da música tradicional com a folk irlandesa e com os sons da celtibéria. Ambientes sonoros inspirados em nomes de referência como Kepa Junkera e Luar na Lubre, ou em bandas lendárias como os Dubliners e os The Chieftains.
“O estilo ficou logo definido à partida: celta. Agora estamos a começar a entrar nos originais e a tocar algumas músicas a que já se pode chamar música do mundo, com uma fusão um pouco maior. Os novos instrumentos entraram para tentar tornar mais real o estilo de música. Por isso, eliminámos o piano e entraram a viola baixo, a guitarra e a bandola para cimentar o estilo”, refere o jovem acordeonista. “Há alguns meses que já tocamos em público algumas composições originais, que têm resultado muito bem, em que as pessoas nem se apercebem que é original porque está muito dentro da mesma onda”.
Uma onda musical onde entram também os tangos provocadores de Astor Piazolla e as melodias vulcânicas de Emir Kusturica. Ambiente festivo explosivo, capaz de contagiar todos aqueles que tenham uma paixão comum pelo ritmo.
“A base do nosso grupo é o diálogo entre o acordeão e o violino. São dois instrumentos que se cruzam muito bem, em que com linhas melódicas conseguimos fazer um jogo entre os dois instrumentistas e os próprios instrumentos, criamos uma comunicação agradável”, justifica o músico. “Como não temos voz e é uma música que vive exclusivamente do instrumental, temos de nos agarrar a qualquer coisa, essencialmente ao ritmo e à energia, e queremos um concerto contagiante, com as pessoas a vibrarem, a baterem palmas e a saltarem. Só com o ritmo é que conseguimos isso. Com uma batida mais enérgica, com a bateria, a viola baixo e a guitarra, conseguimos puxar o tango mais para esta onda folk”.
Os espectáculos vão surgindo dentro e fora da região, mas os Ventos da Líria sonham com ventos mais altos que os levem até outras paragens. Em banho-maria estão alguns dos temas destinados ao primeiro álbum de originais, ainda sem data prevista de lançamento. Para já, existe apenas um trabalho promocional, lançado no ano passado, e todo ele recheado de melodias e temas tradicionais.
“Estamos numa fase de muito crescimento, tanto a nível gráfico – agora temos um CD promocional que se chama “Às Voltas”, que era o que fazia falta para as pessoas lá fora, porque sem ouvirem é muito complicado contratarem-nos. Estes covers são algumas melodias de autor, todas trabalhadas por nós, e alguns temas tradicionais celtas. Mas agora, o objectivo é gravarmos um CD de originais, editar e partir para as televisões, por aí fora, divulgar ao máximo, e ver até onde este pequeno projecto pode ir”, conclui Rui Barata. “Nós só existimos porque o público tem insistido. O que nos faz pensar em apostar e ver que, se aguentámos até aqui, é um projecto que tem pernas para andar”.
Um estímulo para que os Ventos da Líria, inspirados pelos ares da Serra da Gardunha, continuem de olho nos ventos musicais que sopram dos quatro cantos do globo.
Jorge Costa
Os espectáculos vão surgindo dentro e fora da região, mas os Ventos da Líria sonham com ventos mais altos que os levem até outras paragens. Em banho-maria estão alguns dos temas destinados ao primeiro álbum de originais, ainda sem data prevista de lançamento. Para já, existe apenas um trabalho promocional, lançado no ano passado, e todo ele recheado de melodias e temas tradicionais.
“Estamos numa fase de muito crescimento, tanto a nível gráfico – agora temos um CD promocional que se chama “Às Voltas”, que era o que fazia falta para as pessoas lá fora, porque sem ouvirem é muito complicado contratarem-nos. Estes covers são algumas melodias de autor, todas trabalhadas por nós, e alguns temas tradicionais celtas. Mas agora, o objectivo é gravarmos um CD de originais, editar e partir para as televisões, por aí fora, divulgar ao máximo, e ver até onde este pequeno projecto pode ir”, conclui Rui Barata. “Nós só existimos porque o público tem insistido. O que nos faz pensar em apostar e ver que, se aguentámos até aqui, é um projecto que tem pernas para andar”.
Um estímulo para que os Ventos da Líria, inspirados pelos ares da Serra da Gardunha, continuem de olho nos ventos musicais que sopram dos quatro cantos do globo.
Jorge Costa
3 comentários:
jorge, um grande abraço e um obrigada ainda maior por todo o apoio que tens dado aos ventos da líria e pelo destaque aqui no teu cantinho. tens neste blog um excelente trabalho, dos textos à escolha da matéria prima que os inspira, a música! :)
susana ribeiro (ventos da líria)*
Olá, Susana!
Obrigado pela tua generosa mensagem!
Esperemos que os ventos continuem a soprar de feição para a Líria e para os quatro cantos do globo!
Bjs e até breve!
jORge
Prezado Jorge Costa, Apesar de não ter o prazer de o
conhecer pessoalmente, começaria
por o cumprimentar.
Reportando-o ao artigo que
publicou neste Blogue sobre os
“Ventos da Líria”, e sem no
entanto,desejar fomentar
qualquer situação de polémica ao
caso,quero apenas clarificar uma
INVERDADE em abono…
da verdade!
Atendendo à sua reconhecida
verticalidade,muito prezaria que as
minhas “achegas” ou outras que,
agora,facilmente poderá obter,ven-
ham a poder contribuir para no seu
interessante Blogue voltar ao
assunto,não para implementar um
escrito distorcido mas,tão sómente,
para que ninguém do MUNDO DA
MÚSICA E DO ESPECTÁCULO
possa eventualmente ter ficado
confundido com a (des)informação
que se fez acerca da fundação do
simpático grupo musical “Ventos
da Líria”.
Sobre o mesmo tema,desejaria acrescentar agora que a descrição do currículo do grupo “Ventos da
Líria” me pareceu feita com
marcada ambição de protagonismo
do entrevistado.
Parece-me que o entrevistado,se terá esquecido daqueles que lhe
ABRIRAM OS OLHOS ao convidá
lo para o primeiro projecto “Celta”
da nossa região…Ora quem esteve
na origem do grupo “Ventos da
Líria” não foi o sr.Rui Barata,nem
sequer o professor que (ele diz)
lhe terá feito o convite para
ARRANJAR um grupo para
actuar numa festa da sua escola,
a Escola Nuno Àlvares, e daí
ter nascido o “Ventos da Líria”.
Isso é um facto,facilmente de
comprovar.
Ainda na sequência do mesmo
esclarecimento,desejo ainda
sobrepor,pela verdade,que quando
se falar do currículo de
“Ventos da Líria”,ficará sempre
bem e será de justiça,recordar que
este grupo teve inicialmente o
apoio de um outro grupo musical
que teve o nome de “Roupa Velha”,
intérprete especialmente de MÚSICA
CELTA,que ficará na incontestável
origem dos “Ventos da Líria”
como,aliás se pode comprovar
no site desse grupo;
http://roupavelha.no.sapo.pt
Esse grupo durou cerca de dois anos
com esse nome,e só mais tarde,
mesmo com a mesma constituição
de nove elementos,passou a
chamar-se então “Ventos da Líria”
Esta afirmação,pode confirmar-se
pelo documento que incluo em
anexo.
Tudo isto, para culminar com uma
expressão bem conhecida;
“Mal para aqueles que não fazem
história.Mas sobretudo,pior será
conhecer-se que ainda há quem
renegue a sua própria história!”
Com os meus melhores cumprimen-
tos e sem o mínimo interesse
de voltar a este assunto,
,felicito-o pelo trabalho que
realiza no Blogue,esperando que
no futuro apenas lhe transmitam
para publicação notícias
ou comentários versando
histórias que interessem,
mas,sim,com verdade,
porque é sempre leal e bonito dar
O SEU A SEU DONO!
Com o melhor respeito e elevada
consideração.
Carlos Serrasqueiro.
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